Mas eu devo ter me distraído por ter usado meu cérebro como uma calculadora naquela hora para fazer os cálculos de trajetória porque o salto acabou indo errado. Meu pulo inicial havia sido realizado muito tarde e por conta disso meus joelhos foram obstruídos de ascender pela parte de baixo da mesa. Isso então fez com que meu corpo girasse em direção a parte de cima da mesa, resultando em eu batendo minha cabeça com toda a força na mesa.
Eu acho que fiquei uns 10 minutos desacordado, já que as pessoas ainda estavam almoçando e conversando com seus amigos e amigas. Curiosamente, ninguém veio me ajudar pelo visto, e me deixaram desmaiado por esses 10 minutos, fazer o que né. Enfim, agora era o momento de anunciar minha richa com a Gangue da Encrenca.
Me levantei cambaleando um pouco e, dessa vez, subi adequadamente na mesa e me posicionei bem no meio dela. Eu estava tão nervoso, e tudo que meu corpo falava para eu fazer era voltar para casa chorando e ir jogar Transformice e esquecer de tudo isso. Mas eu não poderia deixar ansiedades bobas me restringirem dessa maneira:
- EI GENTE! - Meu grito falhado ecoou pelo refeitório.
Instantaneamente após completar essa exclamação, notei alguma espécie de projétil vindo em minha direção. Com sorte, consegui esquivar e agradeci a Deus e torci para que tenha parecido bem maneiro. Quando olhei para analisar a composição, era merda humana, para você ver como me odeiam nessa escola:
- Eu estou mais que cansado das baboseiras que a Gangue da Encrenca fazem por aqui. E eu acho que já está na hora de alguém acabar com o reinado de tirania deles.
Todos meus colegas e futuros camaradas estavam cochichando entre si e murmurando insultos de vez em quando. Não exatamente a ideia que eu tinha em mente de como as coisas iriam transcorrer, mas era bom saber que tinham pessoas prestando atenção em mim, sem ser para me agredir isto é. Matias e sua trupe se levantaram de seus assentos:
- Ei seu perdedor, você sabe que quando mexe conosco você está mexendo com a ENCRENCA. Palerma espertalhão. - Ele exclamou enquanto penteava seu cabelo para trás, arrumava sua jaqueta de couro preta e fumava um cigarro de filtro vermelho.
- É cara durão, o que você está falando meu chapa? - Outro membro da Gangue, Garett, perguntou.
Eu estava com tanto medo que eu comecei a suar intensamente e a mijar nas calças, a tensão estava alta. Contudo eu não iria ser um covarde, eu iria falar o que eu queria e o que precisava ser dito. Imaginei minha boca sendo minha uretra e as palavras sendo o xixi que estava saindo com tanta facilidade e eu gritei: